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Esta proposta consistia em traduzir poemas e textos dos heterónimos de Fernando Pessoa em modelos tipográficos à nossa escolha. A tipografia é importante para quem pretende expressar uma mensagem visual.
O primeiro heterónimo a ser explicado é Álvaro de Campos, engenheiro de profissão, com uma educação inglesa. Apesar de ser português, tem a sensação que é estrangeiro em qualquer parte do mundo. O poema representado “Ode Triunfal”, pertence à fase Futurista de Álvaro de Campos. Em que o heterónimo acreditava nos poderes das máquinas, na evolução industrial e nos progressos científicos. Álvaro de Campos é consumido por esse pensamento.
Em relação à representação tipográfica, sendo este um poema da fase futurista, Álvaro de Campos celebra o triunfo da máquina e da civilização moderna. Sente praticamente uma atracção erótica pelas máquinas, símbolo da vida moderna. Na tipografia dá-se especial atenção ao “R”, das rodas, do barulho, do movimento e da histeria. O “RRRR eterno” está repetido, bem como está desenhado implicitamente duas rodas dentadas, metálicas, e fruto das invenções progressistas. Também é dada especial importância à palavra “engrenagens” que tem a ver com as rodas metálicas e vem no mesmo sentido da evolução da máquina. Contudo um dos principais aspectos desta tipografia é a repetição e o tamanho dado à palavra “Fúria”. Uma fúria pelo progresso, inovação, desenvolvimento, pela técnica, mas também pelo excesso de sensações, o de sentir tudo de todas as maneiras, como está presente no poema.
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